segunda-feira, abril 02, 2007

Jet Lag.

Cá estou eu de volta, com jet lag, jet térmico e jet cultural. Quatro horas de diferença horária, menos 27º e mal cheguei levei com os Globos de Ouro… Não imaginam o impacto que um evento deste tipo tem numa pessoa que nos últimos tempos teve como única preocupação se beber uma cerveja ou uma caipirinha... E de repente estou de volta a esta realidade.

Os globos de ouro começaram em 1995, não da melhor maneira pois os Delfins ganharam um para a melhor música: “sou como um rio” cantavam eles na altura, talvez em homenagem ao Rio Trancão. Ao longo destes primeiros anos haviam prémios para Teatro, TV, Música, Desporto, Moda, Prémio Carreira, e como até então prémios de prestigio só os da Gala Nova Gente, lá iam o “Ruys de Carvalhos e Represas” deste país, ganhando tudo nas suas áreas. A partir de 2004, e com a concorrência das Tv’s ao rubro, deixaram de haver prémios de TV, foram substituídos pelas Artes, Ciência, Economia, prémios ainda prestigiantes para o evento e que evitavam o embaraço da SIC ter que distribuir globos à concorrência em sua casa, aos olhos de toda a gente e ainda ter que bater palmas por cima.
Em 2005 acabou-se a Economia e a Ciência, pois só enchia minutos do programa com pessoas que ninguém conhecia e era tudo a mudar de canal, a TV continuou de fora e o resto ficou como estava.
Ontem assistiu-se a mais uma revolução, o Penin pensou pensou…e a Teresa Guilherme teve a ideia: “E se nós tivéssemos uma categoria dos melhores momentos de 2006? O Melhor Beijo, o Melhor Herói, o Melhor Vilão…até podemos nomear o Cláudio Ramos!”, “Excelente ideia” respondeu logo o Penin acrescentando: “ e a categoria de melhor representação de Director de Programação de canal de TV, achas que dava muito nas vistas? Eu estive excelente na Floribela de Fim de ano…E também podíamos dar um globo ao Carlos Cruz, o Nuno Santos também lhe fez um agradecimento na gala dos 50 anos da RTP” , “Cala-te” respondeu-lhe a Teresa Guilherme.
Foi assim que a SIC conseguiu três prémios para casa, todos os nomeados para as novas categorias eram da SIC e ainda incluíram nos nomeados para “Herói” a série juvenil “Os cinco” que agora passou a dar ao fim da tarde e foi mais uma maneira de promover o programa.
A SIC tinha nas mão, quer se goste ou não do género, um programa de prestígio reconhecido e ontem conseguiu descridibilizar 10 anos de trabalho, abrindo as portas à concorrência, principalmente à RTP, para avançar com uma gala no género. Nisto a TVI é mais transparente, faz a festa de anos, convida os empregados a mulher do chefe, cantam e dançam, divertem-se todos muito e o povo adora e nem é preciso dar prémios a ninguém.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu cá já não vejo televisão para não levar com essas novelas, sim porque tudo hoje são novelas: as novelas em si, as novelas da informação, as novelas dos talk-shows, as novelas dos programas, enfim...

Depois querem ser um povo arrojado e criativo...

[www.3vial.blogspot.com]

Anónimo disse...

Não foste justo.
A melhor edição teve como ponto alto o Franzão indignado com as constantes mudanças de visual de Catarina Furtado.

...a gaja mudou de roupa outra vez...! **%#!


GC