quinta-feira, abril 12, 2007

Simplesmente Zé.

Ao contrário do que possam pensar este blog não está a dar uma de RTP e só falar neste assunto depois de o PM falar, mas depois do choque de fim de férias é difícil começar a falar de actualidade nacional.


Nenhum Português votou no Sr. José Sócrates por este ser Eng., talvez Cavaco Silva não tivesse votado nele se soubesse que Sócrates poderá não ter um curso superior, para um Prof. que veio de Boliqueime estas coisas são muito importantes. O problema desta polémica está apenas no facto de haver uma série de informações contraditórias e incoerentes sobre a frequência Universitária do PM, de muitas dessas informações terem sido fornecidas pelo próprio em momentos diferentes, e que este, até agora, não as tenha conseguido explicar de uma forma clara e inequívoca.


Acredito que a dificuldade que o PM José Sócrates teve para tirar o curso terá sido semelhante à de Mantorras ao tirar a carta de condução, até porque os alunos de engenharia da Independente escolhiam aquela Universidade por julgarem que a UNI seria Universidade de “I”ngenharia, e mesmo assim a maior parte conseguia concluir o curso. O facto de o PM não ter sido um aluno assíduo naquele estabelecimento de ensino só o beneficia. Todas as pessoas sabem que o excesso de frequência universitária como aluno estupidifica, vejam-se os membros das tunas e os duxis & companhia, a maioria deles andam lá anos e anos. Pior do que ter um PM que finge ser Eng. seria ter um PM que tivesse pertencido a uma Tuna. Também Alberto João Jardim teve 10 anos de frequência Universitária e vejam no que deu…


Um assunto como este não fará cair o PM mas poderá criar um problema no relacionamento social em volta do PM. Em Portugal há muito a mania de no trato diário serem usados títulos académicos antes dos nomes, “bom dia Sr.Eng.; bom dia Sr. Dr.” o problema será o modo que a comunicação social, políticos e até a porteira do Sócrates se vão dirigir ao Sr. quando este deixar de ser Primeiro Ministro, porque até lá poderá ser sempre chamado de Primeiro Ministro José Sócrates, mas o pior é depois. Das duas uma, ou se introduz a modalidade de Bacharel no “cumprimento respeitoso”, ou passa a ser chamado de ex Primeiro Ministro antes do nome. Já estou a ver a porteira: “Bom dia Sr. Bacharel” ou “Bom dia Sr. Ex Primeiro Ministro”.

Sócrates poderia ter saído em grande ontem da RTP dizendo, deixem o Eng., sou simplesmente Zé.

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