Em tempos, não muito distantes, na maior parte das casas portuguesas havia apenas um televisor, nesse televisor havia a possibilidade de ver dois canais, ambos da RTP. Quem estava em casa e não via televisão não tinha Internet, playstation, dvd, vídeo… As alternativas de entretenimento caseiro eram equivalentes ao banco do Benfica para substituir o Nuno Gomes. Era neste contexto que a RTP transmitia com algum sucesso o festival Eurovisão da Canção. Nesses tempos quando se ouvia a música de uma emissão via eurovisão era sinal que programa que se seguia era importante e era dos poucos momentos em que nos sentíamos Europeus. Lembro-me de ter tido mais ou menos o mesmo sentimento a primeira vez que ouvi o hino da liga dos campeões no estádio de Alvalade.
Em casa as pessoas assistiam ao programa com um papel e caneta na mão e a família também dava a sua pontuação participando virtualmente no programa. As canções portuguesas, tal como agora, ficavam sempre nos últimos lugares , mas o importante era ver Portugal participar num evento europeu, rirmo-nos das roupas e figuras dos concorrentes e ouvir Eládio Climaco falar inglês. Os tempos mudaram, sinal disso é que hoje em dia já não se vêem anúncios de fertilizantes e pesticidas para a Agricultura na TV, este facto devia ser suficiente para o director de programas da RTP perceber que o público de TV já não tem os mesmos interesses de outros tempos. Para tornar o programa mais chato o número de países europeus duplicou e o concurso tem que ser dividido em duas emissões, com pré eliminatória e final, este novo formato ainda ridiculariza mais a nossa participação reduzindu-a a 0,01% do tempo de emissão.Para compensar deviam transmitir uns jogos sem fronteiras logo a seguir para vermos uma equipa da Baixa da Banheira elevar o nome de Portugal na Europa. Vestidos de colants de lycra verde, com uma colher na boca equilibrando um ovo ao pé-coxinho ninguém nos bate. Isto numa segunda edição do jogos, porque a principio também éramos uma vergonha. Talvez o festival da eurovisão da canção também acabe a partir do momento que Portugal comece a ganhar.... se assim for a RTP tem, pelo menos, mais 50 anos de festivais garantidos. Felizmente vamos tendo mais do que fazer.
Em casa as pessoas assistiam ao programa com um papel e caneta na mão e a família também dava a sua pontuação participando virtualmente no programa. As canções portuguesas, tal como agora, ficavam sempre nos últimos lugares , mas o importante era ver Portugal participar num evento europeu, rirmo-nos das roupas e figuras dos concorrentes e ouvir Eládio Climaco falar inglês. Os tempos mudaram, sinal disso é que hoje em dia já não se vêem anúncios de fertilizantes e pesticidas para a Agricultura na TV, este facto devia ser suficiente para o director de programas da RTP perceber que o público de TV já não tem os mesmos interesses de outros tempos. Para tornar o programa mais chato o número de países europeus duplicou e o concurso tem que ser dividido em duas emissões, com pré eliminatória e final, este novo formato ainda ridiculariza mais a nossa participação reduzindu-a a 0,01% do tempo de emissão.Para compensar deviam transmitir uns jogos sem fronteiras logo a seguir para vermos uma equipa da Baixa da Banheira elevar o nome de Portugal na Europa. Vestidos de colants de lycra verde, com uma colher na boca equilibrando um ovo ao pé-coxinho ninguém nos bate. Isto numa segunda edição do jogos, porque a principio também éramos uma vergonha. Talvez o festival da eurovisão da canção também acabe a partir do momento que Portugal comece a ganhar.... se assim for a RTP tem, pelo menos, mais 50 anos de festivais garantidos. Felizmente vamos tendo mais do que fazer.
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