quarta-feira, novembro 02, 2005

Vida de Cão.


Às vezes gostava de ser o meu cão. Para o fazer feliz basta chegar a casa, ou dizer a palavra Rua, ou mexer na caixa de biscoitos, então se forem as três coisas ao mesmo tempo ele não para de saltar de felicidade durante uns 5 minutos.
Os maiores problemas que ele tem é saber se outros cães fizeram xixi nas suas árvores, procurar cheiros de cadela, e obedecer QB aos donos. Para além disto, a actividade diária de vigia da janela e protecção do nosso território (casa), actividade que faz por instinto, por vontade própria e com muito afinco.

Há quem diga que quanto menos inteligentes mais felizes são as pessoas, isto, penso eu, porque a ignorância é responsável pela ausência da maior parte dos problemas existenciais (ou então certeza absoluta das respostas) : porque estamos aqui? haverá vida depois de a morte? qual o sentido da vida? Deus existe? o que é o Universo e o infinito? a noção de felicidade e moral, etc, etc, etc. Assim sobram os problemas emocionais e materiais, ou seja, os mesmo do meu cão: será que vou ter festas na barriga? que ração terá ele comprado? aquela pittbull manda um cheiro, hummmm... .
Posto isto, é de por em causa a teoria evolucionista de Darwin, em vez de evolução temos regressão... dêem-me festas na barriga, biscoitos, cadelas e idas à Rua ilimitadas e eu serei um cão feliz.



JM

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