segunda-feira, janeiro 30, 2006

NY1




NY é uma cidade que nos impressiona tanto na grandeza como nos pequenos pormenores. Chegado ao Hotel a primeira surpresa. Entro na casa de banho do quarto e deparo-me com uma retrete com um formato mais baixo e mais largo do que o habitual, mas o que era surpreendente era o nível de água, estava muito acima do normal, ultrapassando mesmo o meio da dita. “Começamos bem, hotel barato e central mas com problemas de canalização.” pensei eu. Toca a puxar de imediato o autoclismo numa tentativa de repor a normalidade. Ainda mais surpreso fiquei com a potência do autoclismo com uma capacidade de sucção assustadora, se os americanos tivessem invadido o Iraque com retretes já o problema estaria resolvido há muito tempo, bastava terem instalado estas retretes em todos os quartéis e palácios de Bagdad e arredores, e era vê-los ir pelo cano, de seguida invertiam o sistema ligavam as retretes aos poços de petróleo e era só encher barris... Bem, mas voltando à história, depois de puxado o autoclismo o nível da água ficou exactamente o mesmo, já estava a ver a minha vida andar para trás, com a potência dos meus pedregulhos e com a alteração de hábitos alimentares avizinhava-se um banho de salpicos nas partes baixas cada vez que fosse obrar, e não há nada mais desconfortável do que aqueles pingos frios vindos debaixo...ainda por cima sem bidé. Qual não foi a minha surpresa, aqueles tipos são mesmo génios, aquela distância não permite que a “feze” ganhe velocidade gravitica suficiente para salpico, amortecendo mesmo a queda. Depois de aliviada a tripa a retrete parece Pearl Harbor depois do bombardeamento, alguns ficam afundados outros a boiar, um verdadeiro espectáculo. Se fosse cá em Portugal já haveria algum vidente capaz de ler o futuro pela disposição das fezes, já o estou a ver – “Olhe que o seu futuro não me cheira nada bem...”


JM

Sem comentários: