terça-feira, setembro 04, 2007

Probabilidades.


A nossa vida é feita de probabilidades e os acontecimentos que mais nos marcam são aqueles que têm uma probabilidade menor de acontecer. A nossa existência é a primeira e a “maior” menor probabilidade de todas. Foi preciso que os nossos pais se tenham conhecido no dia X, que o pai tenha ganho coragem e tenha telefonado para convidar a mãe para jantar no dia y, que o nosso avô tenha deixado a nossa mãe sair, etc., etc., etc… e como se isto não bastasse, toda uma série de acontecimentos encadeados e coincidências, algumas muito pouco prováveis, também tiveram que acontecer aos nossos avós, bisavós, tetravós… E estas são só as probabilidades “sociais”, biologicamente somos originários de um espermatozóide que foi o primeiro a chegar entre milhões, mas se pensarmos bem foi preciso que os que deram origem aos nossos antepassados também tenham sido os primeiros de outros milhões.

Acredito que quem comanda o nosso destino (não só porque é sempre bom ter alguém em quem por as culpas do que nos acontece, mas também, com a certeza de que se fosse eu a comandar estaria neste momento na fase final de uma carreira internacional de futebol onde, entre outros feitos, teria dado 15 ligas dos campeões seguidas ao SCP) tem um cartão, tipo daqueles de consumo de algumas discotecas, que à medida que vamos consumindo se faz uma cruz num dos quadrados do cartão. Cada quadrado desse cartão corresponde a um acontecimento de probabilidade impossível, e à medida que nos acontece algo do género esse “alguém” faz uma cruz e o cartão fica com menos consumo. Este cartão não deve ter muitos quadrados, pelo menos o meu, e depois de ter encontrado uma mulher que me aturasse, penso que ficaram poucos quadrados para o Euromilhões. Na semana passada temo ter “queimado” mais um desses quadrados de uma maneira muito pouco dignificante. Na quinta-feira, enquanto fazia o rotineiro passeio matinal dos meus cães, debrucei-me para apanhar um, ainda quente, dejecto intestinal do meu cão macho. No preciso momento que cubro o “objecto” com o saco de plástico apanho com uma cagadela, melhor diarreidela , de pombo em cima da mão. Qual a probabilidade de isto acontecer? Pois é, foi mais um quadrado “à vida”… (confessem que não esperavam que o post acabasse com uma história de merda…)

Sem comentários: